Mensagem remetida via e-mail pelo professor José Heriberto de Oliveira anuncia uma gigantesca mobilizaç!ao dos professores na Assembléia Legislativa para tentar impedir a aprovação da medida provisória do piso salarial do magistério. Leia sua manifestação:
“Caro Moacir!
A Capital vai ficar pequena no dia da votação da medida provisória. Se o Governo achava que pagando o piso poderia mandar os professores pra sala de aula e que tudo estava resolvido, fez uma leitura equivocada de todo o sistema educacional e do magistério. Esta greve é fruto do descontentamento produzido pelo modelo de gestão educacional implantado frente à SED nos três últimos governos. O piso, além de ser uma reivindicação pobre, é apenas um dos itens da escalada de indignação dos professores em nosso estado nos últimos anos, vejamos a seguir:
O tempo para aposentadoria dos professores vem sendo ampliado;
A gente gozava licença premio, agora usufrui, mas, somente quando o governo quer;
Governador entra na Justiça, congela o piso a valor equivalente ao que o candidato dele a Presidente da República propunha para o salário mínimo;
Passou a ser comum a agressão em Professores por pais e alunos e a vitima é o culpado;
A escola passou a ser depósito de menores delinqüentes e infratores, como se tivéssemos preparo, tempo e ambiente para educá-los;
A escola que não deu ainda pra ser privatizada, chegou ao estágio da terceirização: da merenda, da vigilância, sistema de informática, manutenção de computadores, limpeza e outros;
Municipalização do ensino;
10 anos sem curso de qualificação;
Oito anos sem concurso público para professores das séries iniciais;
Redução do recesso escolar com ampliação dos dias trabalhados, este ano iniciamos as aulas em 07 de Fevereiro;
Aprovação automática dos alunos de 5ª para 6ª série e anos subseqüentes, com o compromisso da SED de recuperá-los a partir de abril, mas já esqueceram.
Gestão escolar com escolha de Diretores com critério partidário, já deu tempo pra ver que este modelo não funciona.
E Preciso um novo olhar para os professores, não nos olhe como adversários, não nos trate como inimigos, somos profissionais que estamos em postos e lugares diferentes, portanto, o fato de estarmos na sala de aula não da o direito a ninguém de nos tratar como de terceira categoria. Por fim me assusta ver as Universidades assistirem passivamente o fim da formação acadêmica e as entidades empresariais não se ligarem para os prejuízos econômicos do nosso estado, já dos políticos não se espera nada há muito tempo.
Professor Jose Heriberto de Oliveira.”
Fonte: Blog do Moacir Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário