Estamos vivendo um momento nunca antes imaginável na relação entre o executivo, o legislativo e a população imaruiense. Com a desastrosa idéia do prefeito em oferecer o município ao governador para instalar uma Penitenciária, o povo entristeceu, sofre angustiado sem explicações, informações, sem poder expressar sua opinião. O prefeito afastou-se do povo, não recebe as pessoas para falar sobre o assunto. Chegou a dar depoimento na rádio litoral dizendo que a Penitenciária não viria mais para Imaruí, enquanto isso fazia as tratativas finais com o governo do estado. Pegou o povo desprevenido. Quando muitos acreditaram nas palavras do prefeito, eis que a notícia que ninguém queria ouvir chegou. A Penitenciária será construída em Imaruí. A Câmara Municipal através dos vereadores Vando e Elina tentou organizar uma Audiência Pública, porém os vereadores de situação votaram contra o requerimento. Os mesmos vereadores tentaram juntamente com representantes da população e empresários trazer a Audiência Pública através da Assembléia Legislativa, porém, os deputados governistas em atenção ao prefeito também foram contra Audiência. Mais uma vez os mesmos vereadores apresentaram novo requerimento que solicitava uma Consulta Popular, nos moldes de um Plebiscito. Na sessão que foi apresentado o requerimento os vereadores de situação, Pedro Raimundo, Enedino Cabral, Regiane Damas, Vandinho, Laércio Corrêa e Mizinho, combinaram e não compareceram, impossibilitando a votação. O presidente, vereador Gilson, convocou nova sessão para que fossem votados os projetos e esgotadas as pautas de 2011. No entanto para surpresa e decepção do povo imaruiense, o vereador Gilson tirou de pauta o requerimento que solicitava a Consulta Popular. As pessoas presentes ficaram revoltadas, se manifestaram, e a sessão foi interrompida por várias vezes. "O poder emana do povo para o povo e pelo povo", por definição a democracia deveria ser o regime perfeito para que as instituições funcionassem a serviço do povo e em sua proteção. Em Imaruí rasgaram a Constituição. Não podemos considerar Imaruí um município democrático se o cidadão se sente desprotegido, desrespeitado. Infelizmente a democracia é exercida patrioticamente nas urnas nos outubros de anos eleitorais, mas cessa aí o compromisso, a vivência democrática, o sentimento de participação e a esperança do povo. O cidadão eleitor exerce seu compromisso, escolhe dentre os vários candidatos aqueles que eles julgam que possam representá-los de forma digna e honesta. Alguns eleitores trocam o voto por migalhas e depois não podem cobrar do seu candidato. Outro dia um vereador na escadaria da Câmara, disse para o eleitor: “você não pode me cobrar nada, pois eu já paguei pelo teu voto”.
O que esperar do prefeito e dos vereadores de situação, que não respeitam o povo. O presidente está fazendo escola com o prefeito, a mesma escola ditadora, antidemocrática. Não foi isso que foi prometido ao povo quando da campanha eleitoral. Não era essa a postura esperada pelo povo imaruiense. A revolta, o sentimento de medo, tristeza, decepção, dúvida tomam conta dos imaruienses na semana do Natal.
Para reflexão: Pense numa comunidade onde todos ou expressiva maioria tiveram escolaridade suficiente para pensar criticamente e com este pensamento crítico e, detendo o verdadeiro conhecimento e a capacidade de análise, saibam discernir e entender como funciona o jogo político e as instituições. Povo educado ético e culto, educados éticos e cultos serão a maioria de seus representantes eleitos. Educação é o caminho.
O que esperar de um prefeito que fechou 14 escolas em 2010, e agora abre um Cadeião???