domingo, 28 de março de 2010

Dom Quixote em nova versão


 
Dom Quixote em nova versão
Mais uma obra estreia esta semana no site e entra para a coleção “Clássico também é autoajuda”. Não deixe de assistir ao LivroClip “Dom Quixote”, de Miguel de Cervantes.
 
 

sábado, 20 de março de 2010

Educação infantil

O Ministério da Educação começou a distribuir no início desse ano o material intitulado "Indicadores da Qualidade na Educação Infantil". Segundo boletim da Andi, o objetivo é auxiliar equipes que atuam na educação infantil a encontrarem alternativas para práticas educativas que respeitem os direitos fundamentais das crianças. O livro será entregue a todas as creches e pré-escolas do Brasil que tenham um potencial transformador, ou seja, as instituições municipais, conveniadas e particulares. O documento propõe que os dirigentes e a equipe pedagógica, juntamente com as famílias e demais pessoas da comunidade, avaliem a qualidade da escola a partir de indicadores considerados importantes para o bom desempenho das atividades. Jaqueline Dancini é coordenadora da creche conveniada Zé Colméias, em Curitiba, e diz que a reflexão sugerida pelo documento é muito importante para o desenvolvimento da instituição.
 
Fonte: Nota 10 - Notícias diárias de educação

A Educação do Sensível no Brasil

André Carrico analisa como erra o ensino de Artes nas nossas escolas e os problemas que isso acarreta para a sociedade

A falta de sensibilidade não é uma prerrogativa brasileira, mas um câncer mundial. Entretanto, se compararmos com outros países (não apenas os mais ricos e educados, mas alguns países mais pobres), a ignorância e a violência social – que não é a dos bandidos – são maiores por aqui. Mães que encarceram e torturam seus filhos; netos que acorrentam suas avós; enfermeiras que espancam idosos; homens que atiram em brigas no semáforo; rapazes que atropelam intencionalmente frentistas nos postos... Notícias tristes, que retratam nosso vazio sentimental. Um dos motivos que geram e ampliam esse caos na percepção da alteridade é a pobreza na maneira como as aulas de Artes têm sido dadas na maioria de nossas escolas.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, o ensino de Artes (não mais Educação Artística, pois não se trata de formar artistas ou focar a didática nas técnicas) deve ser um momento em que o aluno tenha a oportunidade de despertar e desenvolver a sua Criatividade. Para tanto, ele não deve ser um mero reprodutor que copia obras, coreografias ou decora textos teatrais que o professor impõe, mas sim um agente criador que, estimulado por temas e pela mediação do educador, crie a sua própria obra. Segundo a metodologia triangular de Ana Mae Barbosa, o aprendiz deve ter acesso a três momentos no ensino da Arte: o da produção, em que faz; o da reflexão, no qual aprende e exercita seu senso crítico a respeito do papel da Arte como agente transformador da sociedade através da História; e o da fruição, quando o aluno é plateia (não spect-ator) e institui relações estéticas no diálogo que estabelece com a obra dos artistas.

Para o professor João Francisco Duarte Jr., no livro Por que Arte-Educação? (Papirus, 2003) é na experiência estética que a imaginação amplia os limites impostos pelo nosso dia-a-dia, cada vez mais racionalizado no cotidiano da sociedade pós-moderna. Conforme diz, os sentimentos se refinam pela convivência com os símbolos da Arte. Ela, dentre todas as matérias escolares, é a que mais tem essa capacidade de desenvolver a nossa percepção (a elaboração mental de nossos sentidos). Devemos, portanto, ser educados para apreciar o Belo, não apenas o da linguagem artística, mas o Belo presente ao nosso redor, na vida. Só a Arte possibilita o acesso a sensações distantes de nossa vida comum, estimulando em nós sentimentos a partir do retrato de um 'outro'.

A Arte dentro da escola, vista como instrumento da Educação, não pode ser exercida como um momento de treino para fazer do aluno um artista. Se for assim – e é assim que infelizmente ainda faz a maioria das escolas – apenas cinco alunos de cada classe, aqueles com talento, poderão obter bons resultados. Os outros, muitas vezes, acabarão não apenas por bloquear suas capacidades criativas e sensíveis, ao frustarem-se por não conseguir copiar a tela da lousa, mas desenvolverão ojeriza pelo contato com a Arte, na medida em que não foram 'alfabetizados' nos signos dela. Tornam-se adultos recalcados, frustrados, insensíveis; os mesmos que expõem a sua fúria no convívio social. A Arte deve então servir de ferramenta pedagógica na mão do educador, capaz de despertar habilidades como a imaginação, a percepção, a socialização e a espontaneidade. Ela tem a ver com um modelo educacional fundado na construção de um sentido para a vida, ético e sensível, e próprio de cada aluno.

texto gentilmente cedido por André Carrico para a revista. Carrico é doutorando em Artes pela Unicamp, ator, diretor teatral e professor universitário de Arte-Educação. (andre.carrico@ig.com.br, http://andrecarrico.blogspot.com)

Fonte: Revista Capitu

Atualização é fundamental para o profissional da educação

A formação permanente é um dos requisitos para o educador do século XXI. O professor que não procura atualização está fadado a sair do mercado e consequentemente foge aos padrões estipulados para o método de ensino atual.

O novo modelo de ensinar visa à reflexão sobre o conteúdo aplicado e não apenas transmitir a matéria da forma em que elas vêm nos livros. Para isso, o professor precisa estar bem-informado e dominar bem o tema o qual é responsável em lecionar.

Porém, algumas condições impedem o bom desenvolvimento de um educador e o cansaço em razão a longa jornada de trabalho é uma delas. Mas, existem meios para que isso seja superado, participação em palestras, seminários, simpósios, cursos de pós-graduação, eventos culturais, MBA, mestrado e extensão, são formas de se manter atualizado.

Segundo a pedagoga e tutora do Portal Educação, Thais Elena Carvalho, em nossa sociedade competitiva, profissionais atualizados conquistam lugares de destaques. “Na educação também há incentivos com ofertas de palestra, oficinas e cursos de atualização profissional. Educadores atualizados têm mais oportunidade de se sucederem profissionalmente”, comenta a tutora.

Fonte: Portal da Educação

terça-feira, 16 de março de 2010

Tempo de estágio poderá contar para a aposentadoria


 
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pode decidir amanhã (17) se deve passar a constar da Constituição federal norma que assegura a inclusão de período de estágio e de estudos custeados por bolsas na contagem de tempo necessário à concessão da aposentadoria e demais benefícios previdenciários. A medida já consta de legislação infraconstitucional, a qual determina que, para fazer jus à contagem de tempo, estagiários e bolsistas devem contribuir para a Previdência Social como segurados facultativos.
De acordo com a Agência Senado, a constitucionalização do direito está sendo sugerida por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 16/04, apresentada pelo senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS). Ele argumenta que há incertezas quanto ao futuro das reformas previdenciárias, o que pode levar a retrocessos com relação ao direito hoje assegurado. O relator, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), recomenda em seu voto a aprovação da matéria.
"Na situação atual, nada impede que uma medida provisória ou um projeto de lei qualquer venha a tornar letra morta esse direito, em nome da redução do déficit previdenciário", argumenta o relator.
Se a previsão do benefício estiver no texto constitucional, observa Álvaro Dias, qualquer tentativa de modificação exigirá quórum qualificado. Dessa maneira, conforme o senador, será possível evitar "mudanças açodadas e insegurança jurídica" para os contribuintes estagiários e bolsistas.
O direito facultativo de contribuição para estagiários e bolsistas, como meio de acesso aos benefícios previdenciários, está previsto no texto da Lei 8.212/1991, que dispõe sobre a organização da Seguridade Social.
Depois do exame pela CCJ, a proposta seguirá a Plenário, para votação em dois turnos. 
Fonte: Notícias Brasil

segunda-feira, 15 de março de 2010

Maioria das escolas sufoca criatividade, diz coordenadora da Febrace

Desirèe Luíse
A 8ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) terminou nesta quinta-feira (11/3) em São Paulo (SP), após expor 280 projetos desenvolvidos por alunos de ensino fundamental, médio e técnico de escolas públicas e privadas do país. Durante o evento, a coordenadora geral da Febrace, Roseli de Deus Lopes, professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), alertou para o modelo de escola atual, que não tem estimulado os alunos à inovação.
Em entrevista ao Portal Aprendiz, Roseli ainda explicou que no Brasil houve um forte movimento de feiras de ciência nas décadas de 1960 e 70, o que propiciou trocas de informação e incentivo à criatividade, mas que não prosseguiu com intensidade.

Aprendiz – Qual é o papel da Febrace?

Roseli de Deus Lopes – Esperamos que a Febrace seja uma provocadora para uma mudança de mentalidade. É importante desenvolver a capacidade de observação dos jovens, de identificar problemas e acreditar que podem buscar soluções.

Aprendiz – Qual é sua avaliação sobre o incentivo dado pelas escolas para o surgimento de novas ideias?

Roseli – Temos desde escolas preocupadas, querendo fazer, que às vezes não têm metodologia ainda, até escolas que não sabem o que é isso. Às vezes, o aluno vem para a Febrace desacreditado, mas ele acredita nele mesmo. Então, se ele tem um reconhecimento, seja da imprensa ou de entidades, quando volta, pode conseguir mudar a realidade da escola e dos colegas. Pode ser mensageiro e começar um movimento.

Aprendiz – A falta de estímulo para os jovens produzirem coisas novas está relacionada com o modelo de escola que temos?

Roseli – A maioria das escolas tem sufocado a criatividade das pessoas. Não existe uma receita para mudar isso. Estamos aprendendo a viver neste novo milênio. Muitas pessoas falam: “mas a escola que eu frequentei agia de determinada forma e eu estou aqui, deu certo para mim”. Porém o mundo mudou. O mercado de trabalho é outro, tem todo esse ambiente conectado. Se você pega uma criança que está exposta à televisão e Internet, há uma série de estímulos que são diferentes do que quando eu era criança, por exemplo. A escola precisa mudar estratégias. A própria televisão ainda não foi incorporada dentro da instituição como uma coisa que poderia ser explorada a favor da educação.

Aprendiz –
De que forma isso poderia ser feito?

Roseli – A novela que o professor sabe que a criança assiste poderia ser usada para exemplificar situações, poderia discutir questões sociais de comportamento. A escola precisa acordar para ver o que tem do lado de fora, o que tem dentro da casa das pessoas, a cultura que está ali. É uma tarefa difícil, pois a escola que o professor frequentou não o preparou e esse problema ocorre em todas as esferas, da educação básica até a universidade. Só vamos conseguir mudar se trocarmos mais intensamente as experiências, não só de sucesso, mas de insucesso, discutir as angústias e dificuldades.

Aprendiz – Qual seria o passo a seguir nessa direção?

Roseli – Colocar a Internet dentro das escolas é um caminho. Sou dessa área de meios eletrônicos e interativos. Acredito muito que essa janela de comunicação que está chegando às escolas pode ser a forma do professor não ficar sozinho. A partir do momento que ele pode participar de alguma rede social em algum tipo de temática pode descobrir como tornar a escola mais interessante, como trazer mais temas do cotidiano da criança e como dar mais voz para o aluno. É um processo que eu não acredito que aconteça de cima para baixo, mas ao contrário. Deve ir contagiando os professores, trocando experiências, usando Internet e material impresso. Temos que diversificar.

Aprendiz – Os projetos relacionados ao meio ambiente somaram um terço da feira. Por quê?

Roseli – Nessa faixa etária os jovens são muito altruístas, estão preocupados com as pessoas e com o planeta. No momento há uma tendência mundial de se discutir o assunto do meio ambiente, mas o bacana é que eles não fazem coisas impossíveis, identificam questões que estão ao alcance deles. Observamos que é muito comum a preocupação social entre eles.

Aprendiz – Acredita na potencialidade da ação local?

Roseli – Com certeza. Aqui [na Febrace] você vai encontrar algumas coisas que são reinvenções. Por exemplo, o caso da composteira. Apesar de não ser um tema original, você não vê ele aplicado nas escolas, nas empresas e nas casas. Então, na hora que um estudante traz uma forma original de abordar o tema, ele entende aquilo profundamente e desenvolve uma estratégia de como aplicar na localidade dele.

Aprendiz – Então, projetos acabam se concretizando?

Roseli – Temos projetos que acabaram conseguindo limpar um córrego da região usando uma estratégia, ou melhorar questões de irrigação. Por isso, incentivamos que as escolas façam mostras com esse mesmo espírito, para compartilhar a inteligência desses jovens com a comunidade. Assim, os caminhos para a aplicabilidade acabam se concretizando. Uma empresa pequena da região pode querer patrocinar. Antigamente tivemos um movimento de feira de ciências, nas décadas de 1960 e 70, mas as feiras começaram a ficar repetitivas. Todo o ano eram expostos vulcões soltando fumaça. Transformou-se em pirotecnia ao longo dos anos e passou a valorizar o que era superficial. A melhor solução é aquela que pode ser simples, barata e que você consegue viabilizar.
Fonte:  http://aprendiz.uol.com.br/content/vefritevic.mmp