quinta-feira, 16 de junho de 2011

Professores estaduais: a greve vai continuar


Os professores que participaram da assembleia regional da Grande Florianópolis apresentaram razões financeiras fortes para defender a continuidade da greve. A maioria, com especialização e pós-graduação, vai empatar ou até perder dinheiro com a tabela proposta pelo governo estadual.
São dezenas, centenas, milhares de casos, segundo garantiram, de professores que ganham hoje média de R$ 1.800,00 e que passarão a receber R$ 1.700,00.
E por que isto vai acontecer? Por que o governo reduziu a gratificação por regência de classe e cortou em 50% os ganhos por hora-atividade.
Esta seria a realidade de todos os municípios de Santa Catarina, ainda de acordo com os professores. Por isso, a maioria das assembleias está votando pela rejeição da proposta governamental e pelo prosseguimento da paralisação.
É realmente inexplicável que o governo aplique o piso, melhore os vencimentos dos que estão nos níveis mais baixos, mas acabe por manter igual ou produzir perdas salariais dos professores mais qualificados.

Incontáveis professores que estavam na assembléia de Florianópolis revelaram de forma enfática: se a proposta do governo tivesse mantido a gratificação por regência de classe e a hora-atividade, comprometendo-se com um prazo para aplicação do piso salarial na carreira, a greve acabaria no dia seguinte.
Está ficando cada vez mais cristalino que a questão financeira não foi contemplada nas propostas do governo. Dava o piso aos níveis mais baixos, melhorava a diferença na carreira, mas trocava seis por meia dúzia. Incorporava o abono, mas os professores fizeram as contas. Eleva, também, o desconto para Iprev, SC-Saúde, etc.
Além disso, perderam parte da gratificação por regência de classe, que todos consideram uma conquista histórica. E a hora-atividade, que representa um acréscimo vital para milhares de professores.
A greve não acabou porque as tabelas do governo não atenderam, minimamente, as reivindicações dos professores.
E aí fica evidenciado que o comando de greve e o Sinte não souberam negociar com o governo. Se o fundamental era o econômico, a crítica perda salarial ou ganho mínimo, negociações 
não deveriam avançar sem partir destes dois pleitos básicos.  

Do Blog do Moacir Pereira 

Um comentário:

Valdecy Alves disse...

Apesar de todas as forças serem contra. A GREVE CONTINUA FIRME EM FORTALEZA! FIRMEZA!