Obra ainda sem terreno
Moradores de Palhoça fazem protesto |
Depois de Palhoça, governo recomeça os trabalhos para encontrar um lugar, mas em outra cidade Depois da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) ter analisado mais de 10 terrenos no interior de Palhoça e indicar uma área sem problemas ambientais para a construção do complexo prisional de Santa Catarina, o governo recomeça a procurar um local em outra cidade.
Apesar de ter poder para decidir onde vai fazer a obra, a gestão de Raimundo Colombo parece querer evitar indisposição com o prefeito Ronério Heiderscheidt, que sempre foi contrário ao projeto.
Para convencer outros municípios, o Estado deve oferecer benefícios financeiros. O problema é que nenhum deles fica na Grande Florianópolis. Por lei, salvo casos especiais, os detentos não podem cumprir pena longe da região onde vivem suas famílias.
Imaruí, no Litoral Sul, é a única cidade que apresentou proposta formal para receber a obra, com a entrega de um ofício, em 21 de setembro.
– Buscamos benefício para o município, uma contrapartida de R$ 4 milhões e a entrada de algumas empresas para trabalhar em parceria. Antes, vamos discutir com a comunidade – garante o prefeito Amarildo Matos de Souza, que não considera que a prisão leve insegurança para Imaruí.
O prefeito de Capão Alto, na Serra, Antônio Coelho Lopes Jr, também teve conversas informais com membros do governo. Ele ficou animado com a proposta, que significa um décimo do produto interno bruto (PIB) da cidade.
Se for escolhida para receber a nova unidade, a população deve dobrar, já que a capacidade do prédio será de 2 mil presos.
Também na Serra, São José do Cerrito quer entrar na disputa. O presidente da Câmara e prefeito interino, Antônio Paes de Oliveira, afirma que o município deve definir nesta semana se encaminhará o ofício pedindo para receber o projeto.
– Queremos saber se vai trazer lucro para o nosso município, que é pobre e agrícola.
Distância da Capital é um problema O secretário de Estado de Administração, Milton Martini, confirma o recebimento do ofício de Imaruí.
– Agora, precisa da avaliação da nossa equipe técnica e um parecer da Fatma – observa Martini, que não deu prazo para efetivar a escolha.
A falta de data põe dúvida se o governador conseguirá cumprir a promessa feita após a fuga em massa de 78 presos do Complexo de Florianópolis. Em junho, Colombo garantiu a obra pronta em 11 meses.
A secretária da Justiça e Cidadania, Ada de Luca, informou que a decisão está nas mãos no governador. Mas garante que o complexo deve estar na Grande Florianópolis, no máximo, no limite. Ou seja, em Imaruí.
As alternativas
QUEREM, MAS NÃO PODEM
CAPÃO ALTO
- População: 2.753
- Região: Serra
- PIB: R$ 44 milhões
IMARUÍ
- População: 11.672
- Região: Litoral Sul
- PIB: R$ 109 milhões
SÃO JOSÉ DO CERRITO
- População: 9.273
- Região: Serra
- PIB: R$ 90,8 milhões
PODE, MAS NÃO QUER
PALHOÇA
- População: 137.199
- Região: Grande Florianópolis
- PIB: 1,4 bilhão
Fonte: Federação Catarinense de Municípios (Fecam)
Saiu no Diário Catarinense
O prefeito Amarildo não consegue visualizar o que isto pode trazer de prejuízo ao município e aos municípios vizinhos. Como pensar em Turismo religioso? Como pensar em desenvolvimento de uma cidade bela, pacata, simples e tranquila, com a vinda de um Complexo Presidiário que poderá abrigar 2 mil presos?
Nossos terrenos valorizaram nos últimos 5 anos, muitas pessoas são atraídas pelas belezas naturais, e por tudo que já coloquei aqui. E o prefeito Amarildo quer dar um fim em tudo isso.
Quando ele vai consultar a comunidade, se já encaminhou ofício ao governador???
Como pode um prefeito pensar na contramão da história dos imaruienses?
Fechou as escolas e agora quer construir um presídio.
Enquanto Palhoça disse NÃO, e é isso que nos devemos fazer, o prefeito Amarildo solicita ao governador, sem ouvir a população.
2 comentários:
Não sabia dessa "novidade" de Imaruí...então, não sou de nenhum partido político, tem coisas que me desagradam muito nesse governo de Imaruí, como os dos outros antecessores também.Então minha opinião é neutra. Concordo plenamente que assusta a idéia de um presídio na pequena jóia do litoral, que os habitantes ficaram assustados e até alguns irão embora...mas não sei se, para Imaruí, seria de tão ruim assim. Primeiramente, iriam vir recursos para o múnicipio, coisa que não acontece nessa gestão e nunca aconteceu em outras...se vem recursos e veio recursos deste porte, houve falta de boa gestão de todos os governos de Imaruí, para não falar e acusar ninguém de roubo.Se for construído mesmo este presídio em Imaruí, o governo municipal tem que saber "negociar" com o governo estadual e federal, afim de conseguir recursos para, enfim, depois de 121 anos, asfaltar as estradas dos bairros do interior, melhorar o transporte público, melhorar a estruturas dos colégios e hospital, criaçã e ampliação de postos de saúde, isso tudo para atender a necessidade de militares, policiais civis e suas famílias, que virão junto com a "bandidagem". Acredito que isso vai dar uma "agitada" no comércio; nos aluguéis de imóveis, poderá gerar emprego em vários setores. Se pudesse escolher,sinceramente, não deixaria acontecer a construção do presídio, deixaria Imaruí como está mesmo....mas se for decretada essa construção, temos que aproveitar as vantagens que poderam sugir...
Meus amigos de Imarui!
Mesmo que esse famigerado complexo prisional traga alguma vantagem para Imarui, isso é como dinheiro sujo...vantagens que o povo não aceita, tão sujo quanto a idéia do Amarildo, se isso for idéia dele, porque acredito particularmente que esse cidadão que responde como principal responsável pelo complexo...é apenas um capacho do deputado aposentado por invalidez que diz ser filho de Imarui...essa história está envolvida num manto de mistérios e corrupção que em breve o povo vai ficar sabendo...aguarde!
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