Simone Harnik -Em Brasília
O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira (1º), no encerramento da Conae (Conferência Nacional de Educação), que o país adote uma meta de crescimento do piso salarial do professor. Segundo ele, essa meta deve ser definida pelas centrais sindicais do magistério junto dos governos.
“Temos de dizer qual será a remuneração do professor daqui a dois anos, daqui a quatro, daqui a seis, a dez anos”, disse. De acordo com o ministro, os não docentes ganham, em média, 50% a mais do que os docentes – o valor foi estimado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“É preciso uma mesa permanente de recuperação do piso. E, em quatro ou cinco anos, o professor não será a carreira mais bem paga, mas já não perderá para a média das demais”, afirmou Haddad.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu ao evento, que classificou como a maior conferência de educação da história deste país.
“Não me conformo de alguém achar que o piso de R$ 1.200 é alto para uma professora. Não é possível depositar a confiança em um professor sabendo que ele não vai levar para casa o suficiente para cuidar da própria família”, discursou Lula.
Valores
O ministro não definiu, no entanto, qual seria um valor adequado mínimo de remuneração para a carreira docente. Disse apenas que é preciso juntar o poder público com os representantes de professores.
Ele defendeu também a fixação de uma meta de investimento público na educação, sem fixar o percentual do PIB (Produto Interno Bruto) a ser aplicado no setor.
Fonte: Últimas notícias UOL educação
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