No fim da tarde desta segunda-feira, os professores da rede estadual de ensino decidiram voltar às aulas, após dois meses e dois dias de paralisação. A partir de terça-feira, toda a rede estadual deve voltar ao normal. A decisão veio na assembleia da categoria ocorrida no CentroSul, em Florianópolis, e pode ser considerada o terceiro movimento mais longo da história do magistério da rede estadual, de acordo dados do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte).
— Voltaremos às aulas, mas a luta continua — disse a coordenadora do Sinte, Alvete Bedin. A decisão foi de suspender o movimento mas manter o estado de greve pelos próximos 120 dias.
— Voltaremos às aulas, mas a luta continua — disse a coordenadora do Sinte, Alvete Bedin. A decisão foi de suspender o movimento mas manter o estado de greve pelos próximos 120 dias.
Neste período, o coordenação do SINTE/SC vai buscar a retomada de negociação com o governo, a fim de discutir a pauta de reivindicação do magistério.
O foco principal é a garantia da manutenção dos pontos da pauta que já haviam sido acordados com o Governo: realização do concurso para ingresso no magistério em até 12 meses, abono das faltas da greve e de outras manifestações reivindicatórias de 2007 a 2011, revisão do decreto 3593/2010, que trata da progressão funcional; revisão da Lei 456/2009 (Lei dos ACTs), e reajuste do valor do vale-alimentação.
A assembleia deliberou também que as escolas devem ter autonomia para a elaboração do calendário de reposição das aulas, a fim de evitar prejuízo do conteúdo escolar ao aluno.
De acordo com o Sinte, cerca de 3500 professores estiveram na assembleia em Florianópolis nesta tarde, a partir da 14h. Segundo a PM, este número fica entre 1500 e 2000 professores.
6 comentários:
A assembleia deliberou nesta segunda também que "as escolas devem ter autonomia para a elaboração do calendário de reposição das aulas", a fim de evitar prejuízo do conteúdo escolar ao aluno.Não entendo isso como em nossa escola indigena em Imarui foi dito por "Edena Raquel" que mandou os professores reporem as aulas do jeito dela e não do jeito dos professores entendo...E tem uma escola de garopaba que ficou pouco tempo em greve e já estão em greve desde hoje segunda.
André,
A determinação é da Secretaria de Estado da Educação, assinado pela Elizete Mello."As aulas serão repostas em julho e a intenção é de que até 30 de dezembro se consiga encerrar os 200 dias do ano letivo."
Cada escola fará seu plano de recuperação da carga horária. Devem ser aproveitados o recesso de julho e dezembro. A orientação é para que não sejam ministradas aulas nos sábados, reservados para atividades extraclasse, reuniões pedagógicas e conselhos de classe. Ficam garantidos os feriados de 12 de outubro e 2 de novembro.
Se ficar alguma dúvida, peça para a Diretora entrar em contato com o RH da SDR, ok?
Espero ter contribuído.
Decisão não foi fácil, mas era hora de recuar para manter o apoio da sociedade. Nosso lema a luta continua agora em sala de aula com a chamada guerra fria. Nosso foco é o aluno, mas aguardem, mudanças virão.
Nunca mais seremos os mesmos.Com certeza isso é apenas o começo de algo muito maior.Continuemos na luta, porque perdemos uma batalha, mais nunca a guerra.
E que as denúncias continuem e que continuemos a nos comunicar através das mídias.
VAMOS TRABALHAR O SENSO CRÍTICO AGORA EM SALA DE AULA COM O ALUNO. PROCURANDO ATRAVÉS DO DIÁLOGO COM ELE TRAZER Á TONA TODOS OS ELEMENTOS QUE SE PASSARAM DURANTE A GREVE. ESTA GREVE ESTÁ SENDO A MELHOR AULA DE CIDADANIA. VAMOS MOSTRAR AOS ALUNOS E AOS PAIS QUE O GOVERNO NÃO ESTÁ INTERESSADO EM INVESTIR NA EDUCAÇÃO. ELE QUER UMA MASSA QUE SEJA FÁCIL DE MANOBRAR, POR ISSO NÃO INVESTE NA EDUCAÇÃO.
Todos perderam com essa greve. Os professores, os alunos, o governo. O governo porque não soube conduzir o processo e por isso sofreu um enorme desgaste político. Esperamos agora poder resgatar o que nos é de direito e não permitir que os alunos percam em qualidade na educação, dependendo do que nos compete.
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