quinta-feira, 14 de abril de 2011

Diversidade na escola favorece socialização dos estudantes

Durante o intervalo das aulas, na escola municipal Dona Lili, em Balneário Camboriú (SC), duas crianças gesticulam incessantemente. Sorrindo, os professores só as observam de longe. Os gestos rápidos, firmes e incisivos não são acompanhados de sons. Os meninos estão conversando na linguagem brasileira de sinais (libras).

A cena, cada vez mais frequente em escolas públicas, revela resultados da política do governo federal para inclusão de estudantes com deficiência em turmas regulares. Uma campanha de televisão divulgada esta semana, promovida pelo Ministério da Educação, mostra a importância da inclusão desses estudantes e o combate ao preconceito.
 Um dos estudantes da escola de Camboriú é Sanderson Ferreira, 13, surdo, matriculado na turma regular do sétimo ano. Sanderson é um dos 13 alunos com deficiência, física ou mental, atendidos na Dona Lili. São crianças com surdez, espectro autista, paralisia cerebral, síndrome de Tourette, mas que frequentam a escola comum. Durante as aulas, Sanderson é acompanhado por um intérprete de libras que repassa, na linguagem de sinais, o conteúdo explicado pelo professor.
Uma barreira no processo de inclusão é a falta de conscientização de alguns professores, que resistem à presença dos alunos em sala de aula, recusam-se a alterar seus métodos de ensino e têm dificuldades de aceitar os profissionais de apoio pedagógico especial, que auxiliam professores que possuem alunos com deficiência na sala. O trabalho do apoio especial não substitui o professor regente, o principal responsável pelo aluno. 
Para Lorenzoni, a política de educação inclusiva tem papel fundamental na construção do caráter cidadão não apenas dos deficientes atendidos, mas dos demais estudantes. Para a diretora, o contato entre alunos comuns e alunos com deficiência cria uma relação mútua de desenvolvimento. “Enquanto os alunos comuns aprendem a conviver com a diversidade, os alunos com deficiência se sociabilizam, tornando-se menos infantilizados, aprendem mais.”
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Enquanto isso no município de Imaruí o prefeito e sua esposa secretária de educação trabalham a exclusão dos alunos  com deficiência. Considerando que os professores auxiliares que atendiam esses alunos nas classes regulares deixaram de ser contratados ou remanejados para esse atendimento. Falta de visão e conhecimento do assunto. Infelizmente mais um caso triste na educação do município. Esperamos que o Ministério Público tome providências, pois muitas crianças estão sem frequentar as aulas desde o início do ano, outras estão em sala de aula, mas não estão incluídas, ou seja, nem aluno nem professor conseguem se entender. A lei não está sendo cumprida.

4 comentários:

Mara disse...

Meu filho precisa de atendimento. Na escola onde estudava tinha um professor que dava atendimento e ele se desenvolvia muito bem. Agora estou sentindo a dificuldade. O que preciso fazer para buscar ajuda? Agradeço sua atenção.
Mara

Elina disse...

Mara,

Você já procurou a direção da escola?
Caso tenha procurado e não tenha recebido a resposta esperada em relação ao segundo professor, procure o Conselho Tutelar e o Ministério Público. Seu filho tem o direito garantido de receber o atendimento do 2° professor.
Um abraço,

Professora disse...

Olá D.Elina, sei que vc não é advogada, mas creio que seja uma pessoa bem informada no que diz respeito a educação.
Como devo proceder nessa situação: Entreguei um requerimento a secretária da educação pedindo minha alteração de carga horária, já que estava no meu direito, assumi a vaga em 10 horas semanais na educação infantil integral.
Não obtive resposta, mandei um ofício ao prefeito que tambem não tive resposta. Ela a secretaria me falou informalmente que não faria devido a essas nucleações, e no ano passado foram feitas alterações
de professor que não estava em sala de aula, de professor que alterou na vaga de outro que está readaptado.
Estou muito indignada com toda essa situação!
Por favor se for possível me oriente!

Elina disse...

Olá professora,
Você fez certo, enviou solicitação por escrito. Agora pegue a resposta do requerimento e procure um advogado para dar seguimento. Realmente muitas injustiças estão acontecendo, o que você relata realmente é fato. Os profissionais que se acham prejudicados devem procurar seus direitos,já que não existe o diálogo e respeito por parte dos administradores. Espero ter contribuído. Um abraço,