Carta de Indignação de uma Estudante

Recebi essa carta de uma jovem e decidi publicá-la na íntegra. Vale a reflexão.

"Desde criança aprendemos quais são os nossos direitos e quais são os nossos deveres; lutar pelos nossos direitos nos torna cidadãos ativos na sociedade." (Taize Matias.)

"Sou jovem,nasci e cresci na cidade de Imaruí.Aprendi a ter e dar respeito; O que é certo e o que é errado; A lutar pelos meus ideais e seguir em frente com os meus objetivos; Ter a minha própria opinião formada sem estar sendo "guiada" por alguém.

 Quando moça ouvia histórias de pessoas que se destacaram no meio da multidão. Pessoas diferentes, motivo de orgulho e de exemplo.

 Mas hoje, revendo todas essas histórias, percebi que de nada valeu. Não valeu a pena ter escutado cada segundo essas histórias. A que ponto chegamos?

 Certas pessoas se vendendo por pouco, denegrindo o nome de seu município. Estão jogando sua dignidade no lixo e tudo por causa de dinheiro, desmanchando assim, seu caráter por dinheiro sujo. Dinheiro que de nada valerá a pena se não houver o respeito; Se não for conseguido com o trabalho de suas próprias mãos e no final ganhar aquele sorriso de trabalho finalizado.

É, infelizmente o dinheiro faz a cabeça do cidadão, mas não um cidadão qualquer.São pessoas que o povo elege com total poder para comandar o seu município,sua cidade. Pessoas que são escolhidas minuciosamente, mas que acabam se tornando decepcionantes pelas suas atitudes irracionais. Onde estão essas pessoas que eram motivo de orgulho e que hoje já se tornaram uma vergonha para a população. O povo Imaruiense, só deseja uma resposta:

  -O porquê de um Complexo Penitenciário em Imaruí?

 O povo de Imaruí está gritando com o coração apertado, cheio de angústia.Falo por mim,um sentimento de dor,de decepção. Só queremos saber o porquê de trazer uma catástrofe tão grande, que destruirá sonhos, famílias. Destruirá a nossa paz. Pessoas que fazem tudo por dinheiro eu lhes pergunto:

 -Qual é o preço de vocês para nos devolver a paz?"

                                                Atenciosamente,

                                           Taize Matias Padilha.