quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Professores estaduais fazem mobilização contra a municipalização do ensino fundamental em Tubarão


A mobilização dos professores estaduais contra a municipalização do ensino fundamental em Tubarão pegou o secretário de Educação da Cidade Azul, Felipe Felisbino, de surpresa. Segundo ele, a atribuição de conversar com os professores e comunidade escolar é do Estado.
“Isso me surpreende porque pensávamos que as discussões já estavam mais avançadas. Na medida em que o governo faz a proposta e até envia uma comissão técnica para fazer uma avaliação das escolas, é porque a municipalização é dada como certo. Concordamos que é preciso discutir ainda muitos pontos, mas, de forma geral, a municipalização trará benefícios”, afirma o secretário.
Entre os pontos citados pelo secretário está a uniformização do currículo do ensino fundamental (inclusive, com o projeto político-pedagógico), aumento do número de alunos possibilitará um incremento nos valores do Fundeb e do salário-educação, além de otimizar a carga horária dos professores e o uso dos espaços. “Com o aumento de 4 mil alunos, receberemos verbas para dar mais condições de atender estes estudantes, sem a necessidade de contratar mais professores. Com o nosso quadro poderemos atender tranquilamente estes alunos, pois seria feita uma avaliação e redistribuição de alunos e professores por escolas. Já os professores do Estado poderiam ser aproveitados em outras unidades da rede estadual”, afirma Felisbino.

Segundo o secretário, é necessário discutir os procedimentos para a municipalização. “É preciso discutir como isso será feito na prática. Como ficam os prédios, se serão transferidos para o município. Das 14 escolas previstas, 10 foram reformadas ou reconstruídas e as outras quatro estão em processo de reforma e devem estar em condições também. É preciso ver como fica a situação dos professores, o pagamento deles, sua situação na carreira, se serão realocados em outras escolas e, principalmente, a situação daqueles que já trabalham no município e, assim, acumulariam 60 horas. Nada disso foi tratado ainda e não há previsão por enquanto”, relata Felisbino.

Fonte: Diário do Sul

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