Nossos filhos carregam os nossos sonhos. Todos os  cuidados com eles devem ser orquestrados para que no futuro sejam  felizes e tenham sucesso. A esses cuidados chamo de Educação  Orquestrada. Seu oposto é o filho largado à própria sorte, sem garantias  futuras, o crescimento silvestre.
Os leitores podem encontram nos livros de minha autoria mais detalhes  sobre a educação orquestrada, principalmente no Família de Alta  Performance: Conceitos Contemporâneos na Educação. Hoje quero lhes  passar sobre crescimento silvestre na primeira infância.
Pelo site 
www.primeirainfancia.org.br/,  no artigo "Breve Panorama sobre a Primeira Infância no Brasil" (2007),  de autoria de Gabriela Azevedo de Aguiar, Gary Barker , Marcos  Nascimento e  Márcio Segundo, constam:  “É até os 6 anos de idade que as  estruturas físicas e intelectuais de crescimento e aprendizagem emergem  e começam a estabelecer suas fundações para o resto da vida da pessoa”;  “...os primeiros três anos de vida são fundamentais para que a criança  tenha uma vida saudável e possa se desenvolver plenamente.”; “... as  crianças necessitam de cuidados específicos como: proteção; alimentação  adequada; medidas de saúde (como imunizações e higiene), estimulação  sensorial e sentirem-se amadas pelos pais e/ou cuidadores ativos. Até os  3 anos de idade, as crianças adquirem habilidades motoras, cognitivas,  linguagem e aprendem a ter auto-controle e independência por meio da  experimentação e brincadeiras...” e “...mais da metade do potencial  intelectual infantil já está estabelecido aos 4 anos de idade.
Porém, as experiências de crescimento e desenvolvimento das crianças  na primeira infância variam de acordo com suas características  individuais, gênero, condições de vida, organização familiar, cuidados  proporcionados e sistemas educacionais (UNICEF, 2005).”
Meu foco neste artigo são as causas dos acidentes e mortes dos filhos  nesta primeira infância. São do IBGE e do Ministério de Saúde por meio  do Sistema de Informações sobre mortalidade (SIM/MS) e do Sistema de  Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) os dados:
Causas de Morte
- Sufocação;
- Queda;
- Passageiro de veículo;
- Afogamento;
- Queimaduras com fogo;
- Choque elétrico;
- Afogamento;
- Atropelamento;
- Sufocação;
- Passageiro de veículo;
- Queda;
- Queimadura com fogo;
Hospitalizações
- Queda;
- Queimadura com líquidos quentes e outras fontes de calor;
- Choque elétrico;
- Atropelamento;
- Envenenamento, medicamento, pesticida e outros;
- Queimaduras com fogo;
- Queda
- Queimaduras com líquidos quentes e outras fontes de calor
- Choque elétrico
- Atropelamento
- Envenenamento, medicamento, pesticida e outros
- Queimaduras com fogo.
Uma educação orquestrada dificulta o surgimento dos eventos acima  citados, enquanto o crescimento silvestre favorece. 
Crianças na primeira infância necessitam e dependem de cuidados de  adultos que as amem, provejam, protejam, alimentem, eduquem, banhem,  acariciem, abracem, conversem e brinquem com elas e velem seus sonos,  pois elas são incapazes de cuidarem de si mesmas. Todas estas ações  estão presentes na educação orquestrada.
São várias as condições para que as crianças sejam soltas à própria  sorte num crescimento silvestre. Elas terão menos condições de serem  felizes e de atraírem sucessos. Quando os pais deixam de atender às  necessidades dos filhos estão sendo negligentes e quando agridem,  abandonam, ficam indiferentes às suas carências, estão provocando mal  tratos.
O indesejável crescimento silvestre é provocado por várias condições  facilmente detectáveis pelos resultados – acidentes e mortes -  apresentados acima. Basta em cada item imaginar as situações que  provocaram tais eventos. Onde estava o adulto cuidador em cada item  citado?
Existem características comuns aos pais que provocam o crescimento  silvestre dos seus filhos: são ausentes, egoístas, destemperados  emocionais, usuários de bebidas e/ou drogas, negligentes,  irresponsáveis, hedonistas, desregrados, contraventores, personalidades  psicopáticas, doentes psiquiátricos, neuróticos graves, sérios  distúrbios comportamentais etc. Raramente estas características aparecem  como sintomas únicos, mas sim com algumas simultaneidades entre elas.